quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Primeira visita ao assentamento São Marcos.

Hoje fizemos a nossa primeira visita aos agricultores assentados da localidade de São Marcos em São Borja. Os agricultores reuniram-se para ouvir e discutir sobre as questões relativas ao projeto e também para compartilhar seus desejos e expectativas, quanto ao cultivo sem o auxílio de agrotóxicos ou produtos do gênero.


 Círculo de Cultura na reunião com os assentados.
O projeto é multicampi e interdisciplinar, pois trás em sua equipe, Gibran da Silva do curso de Agronomia no campus Itaqui, as professoras Marcela Guimarães de Relações Públicas, Viviane Borges de Serviço Social, Merli Leal de Publicidade e Propaganda e possui duas bolsistas, Suelen Soares do Jornalismo e Gisela Bastos de Serviço Social, agregando conhecimento individuais e visando, assim,  à formação organizacional produtiva de trabalhadores e trabalhadoras do campo a partir da valorização de seu saber, cultura e identidade. 
 
Os professores e coordenadores do projeto Merli Leal e Gibran da Silva, acompanhados de umas das bolsistas do projeto, puderam nesta tarde, conversar e conhecer de perto, a realidade deste assentamento, que segundo o técnico da Cooperativa de Prestação de ServiçosTécnicos Ltda (COPTEC), Cláudio Cadó,  está organizado, mas ainda não existe uma dinâmica concreta no que diz respeito ao manejo agroecológico.
 

Troca de saberes técnicos e de vivência, entre os agricultores e equipe do projeto


O assentamento São Marcos foi criado em 1997 e atualmente ocupa uma área de 400,35 hectares, os lotes são de 23,55 hectares e as 17 famílias assentadas no município de São Borja.
Neste início de trabalho, firmou-se a parceria entre a UNIPAMPA e os agricultores, bem como com a COPTEC, objetivando sempre a troca de saberes nas atividades agroecológicas, gerando renda e incluindo socialmente os agricultores, ou seja, um primeiro passo, para uma economia solidária e sustentável em São Borja.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Conhecendo o Projeto

Este projeto é resultado do diagnóstico construído no projeto Pedagogia Freireana: educação social no campo, implantado em 2011 no campus SÃO BORJA em parceria com a Prefeitura da cidade. O projeto anterior, formou educadores populares e resultou em pedido do não fechamento das escolas do campo, mas na busca de alternativas para manter jovens e suas famílias no território campesino.
Através de visitas técnicas aos espaços, percebemos a potencialidade local no manejo da terra, mas o pouco preparo para gestão e agregação de valor aos produtos do campo. A formação em economia solidária e a qualificação comunicativa dos fazeres e saberes do campo pedem um projeto deste porte.
Bem como,  tornar conhecido dos pequenos agricultores familiares os princípios de economia solidária, agroecologia e comunicação rural, emancipando-os como protagonistas do desenvolvimento sustentável na região onde vivem. Neste contexto, apontamos alguns objetivos dentro do projeto, são eles:

a) “Formação de pequenos agricultores familiares em agroecologia para o desenvolvimento local e práticas de comércio justo;
b) Diagnosticar o contexto dos pequenos agricultores familiares de São Borja
c) Desencadear processo de formação qualificada em empreendedorismo no marco da economia solidária, como fonte de geração de trabalho e renda no campo;
d) Sensibilização da população rural acerca do potencial simbólico que possui, representado pela sua cultura, identidade, saberes, fazeres e costumes intrínsecos;
e) Despertar aptidões entre as jovens camponesas para a formação de lideranças conscientes acerca de seu papel como agentes sociais no campo e responsáveis pela continuidade dos processos de empoderamento;
f) Auxiliar a população rural a compreender seu papel como agentes sociais detentores de características especiais e importantes para o desenvolvimento de uma cultura de valorização do meio rural;
g) Instrumentalizar os pequenos produtores rurais com práticas de comunicação rural que adequadas ao seu contexto, as quais contribuam para a eficácia das ações a serem empreendidas;
h) Motivar os pequenos produtores rurais a busca contínua pelo conhecimento.